Sua loja está preparada para a redução do IPI?
Especialista fornece orientações para o varejista não transformar a oportunidade em dor de cabeça
A notícia da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados  (IPI) em produtos da linha branca soou como uma melodia suave a ouvidos  acostumados às manchetes diárias sobre a crise. Mas, apesar de alentadora, a boa  nova traz um ardiloso desafio aos varejistas: a loja está preparada para as  conseqüência da redução do IPI?
De acordo com a Eletros (Associação  Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), a desoneração ajudará as  vendas do setor a ficarem estáveis no segundo trimestre, após uma queda nos  primeiros três meses do ano. André Lucena, gerente de Projetos da RGIS, empresa  especializada em serviços para o varejo, explica que a retomada nas vendas  representará uma "prova dos nove" para os administradores das lojas. "Certamente  a redução de preços aumentará as intenções de compra e, para não perder neste  cenário, é preciso estar ainda mais atento às ineficiências na gestão da  retaguarda.
Lucena entende que o período de bonança para os consumidores  pede eficiência total no controle e reposição de estoques e cuidados especiais  com furtos/roubos e quebras na retaguarda. "Esta é a hora de o varejo investir  em serviços especializados para a prevenção de perdas. Uma contagem amadora dos  estoques pode levar o varejista a ter prejuízos com falta ou excesso de produtos  no ponto-de-venda. Já a ausência de um controle profissional sobre a  movimentação de produtos pode gerar perdas que vão desde uma pequena diferença  de estoque até compras indevidas e, por que não dizer, aumento de furtos e  fraudes", detalha.
Dicas - Cuide do inventário da loja de forma  profissional e, se necessário, procure empresas especializadas neste tipo de  serviço. "A contagem do estoque é um trabalho minucioso. Se realizada de forma  inadequada, apresentará discrepâncias entre estoque físico e teórico que  certamente trará grandes prejuízos para o varejista.", explica o  especialista.
"Não abra mão de auditorias operacionais permanentes, para  ter a medida exata dos gaps (diferenças) entre o processo devido e o  efetivamente praticado em sua empresa. E para não correr risco com o  desaparecimento de 'produtos', não esqueça também da inspeção do recebimento de  mercadorias (IRM), que monitora suas entregas desde a Central de Distribuição  até o estoque da loja."
Lucena ainda alerta que a adoção dessas práticas  deve ser periódica e não apenas em datas sazonais ou períodos de incentivo ao  consumo como os de agora. "Os desperdícios são atemporais e se não forem  combatidos de forma eficaz e profissional, podem transformar qualquer céu de  brigadeiro em uma violenta tempestade", conclui.
